The Carrie Diaries

“É sempre o mesmo sonho. Estou na cidade e aqui é o meu lugar. Manhattan é minha. Mas acordo sendo a Carrie Bradshaw de sempre, que mora em Castlebury, Connecticut.”

Uma das séries mais esperadas por mim, fã órfã de Sex and the City, era, sem dúvida alguma, The Carrie Diaries. Como não esperar com ansiedade por uma série que traria de volta uma das personagens mais icônicas de todos os tempos?

A nova aposta da CW não vem decepcionando. Quem procura saudosismo por Sex And The City, e também quem não assistia ao antigo seriado, mas gosta dos habituais dramas teens da CW, Carrie Diaries não decepciona. Confesso que a CW me deixou um pouco tensa, esperava uma coisa meio Gossip Girl nos anos 80, ou uma versão piorada de SATC, mas definitivamente não foi isso que aconteceu.

Adaptada do livro de mesmo nome, e com Candice Bushnell – autora dos livros – e Josh Schwartz (produtor e roteirista de uma das melhores séries de todo o universo, The OC, e também de Chuck e Gossip Girl) na produção, a série dá um show em caracterização, figurino, trilha sonora. Eu que sou apaixonada pela década fiquei encantada. Somos transportados para um mundo de combinações loucas, formatos mais loucos ainda, muita cor, muita estampa, ombreiras… As roupas são um show a parte, de verdade. E o que dizer da trilha sonora? Só no piloto, ouvimos “Girls Just Wanna Have Fun”, de Cindy Lauper, além de Madonna, outros clássicos 80’s como “Footloose”… É mágico.

Mas enfim, falemos da história. The Carrie Diaries gira em torno da Carrie de 16 anos, ainda morando em Connecticut. Órfã de mãe, ela tem que lidar com um pai que ainda não sabe se impor, e anda perdido em sua viuvez, e sua irmã problemática, Dorrit. Nada popular, com um pequeno grupo de amigos, e ainda descobrindo um tanto sobre a vida. Quem diria que ela seria a última de seus amigos a perder a virgindade, por exemplo? A inocência da personagem é carismática. Ela vai começar a redescobrir o sexo, as amizades e ainda lidar com a sua ‘incompleta’ família.

O seu grupo de amigos é um caso a parte. Como não se encantar com a fofura da Mouse, a nerd linda, a loucura da Maggie e seu namorado – claramente gay – Walt? Cada um com uma personalidade completamente diferente, e com dramas distintos que contribuem demais com o crescimento de Carrie, é impossível não se envolver nesse grupinho. O par romântico fica a cargo de Sebastian Kydd, o queridinho Austin Butler, que não sabe fazer outro personagem que não seja o de playboy problemático, risos.

E a chegada em Nova Iorque, o delírio, o consumo, a loucura? Aliás, tava tudo no mesmo lugar, a música, a paisagem, as pessoas, os amigos loucos que por vezes exibem maiores problemas que a protagonista, o sexo (ainda que seja o início dele), o fashionismo nato, pronto, tava tudo ali! Ali era Carrie mais nova, era a juventude que com certeza ela teve! Não consigo imaginar outro tipo de situação mais real no universo de SATC do que a entrada no Indochine e o frenesi causado por essa descoberta. O novo, a todos encanta!

Por fim, o seriado me empolgou bastante, ver ela se apaixonando por Manhattan, a promessa de liberdade e as oportunidades que a cidade oferece, e claro a vida de glamour e festas, era algo que eu esperava ansioso e isso não me decepcionou nada. Com 6 episódios, a série vem me conquistando a cada dia mais. Temos sempre referências a Sex and the City, como a escrivaninha na janela, mas sem parecer caricato, ou cópia. AnnaSophia Robb mereceu a benção que ganhou de Sarah Jessica Parker. É uma série que vale a pena acompanhar!