Advertência: o seguinte post pode conter spoilers, os quais convertidos a um idioma que talvez apenas fangirls reconheçam.
Ano passado, eu escrevi a melhor e mais longa resenha da minha vida para Uma Jornada Inesperada. Nada mais justo, claro, para o até então melhor filme que eu já havia visto na minha vida de 16 anos. Para Desolação de Smaug, no entanto, eu receio não ser capaz de tal proeza novamente. Primeiramente, é bem, bem melhor que AUJ. Segundo… mesmo depois de quase um mês de ter visto esse maldito filme, essa maldita, bendita, maldita, bendita obra… cara, eu não consigo falar mais que isso: KJHAKJHHSJKAS I FUCKING HATE PETER JACKSON OH MY GAWD KAJHJSKHAJJS
I am sorry if you read this. I am so, so sorry.
Desolation of Smaug não foi realmente uma surpresa. Eu já esperava muita coisa do filme, então ter visto essa coisa linda no cinema, repetido o ritual do ano passado e… oras, não foi muito surpreendente. Mentira, foi. Enquanto AUJ me deixou em estado de choque, em DoS eu só sabia chorar. Novamente eu estava com uma amiga (não a mesma, but still) e eu tive que passar o filme inteiro explicando coisas e mais coisas, mas minha voz estava embargada desde o início. Meu coração palpitava, saltitava entre as minhas costelas e, à medida em que o filme avançava, mais eu ficava desesperada, porque… this, my dearests, is the beginning of the end.
Acho que o PJ conseguiu a mesma proeza feita com a trilogia de Senhor dos Anéis: construiu uma perfeita ponte entre o primeiro e o último filme. Vai ser bem aquela coisa “o primeiro é bom, o segundo é ótimo e o terceiro é excelente”, o que, vamos combinar, não acontece com muitas sequências. Oras, mas já não é hora de confiarmos cegamente em Peter fucking Jackson? C’mon!
Enquanto AUJ parecia um tanto arrastado, DoS esbanja fluidez. As cenas de ação são simplesmente inacabáveis e, não, isso não deixa o filme ruim! A cada hora é uma adrenalina diferente, uma preocupação diferente e tudo flui muito, muito facilmente. DoS é aquele filme que você sabe exatamente o que está acontecendo mesmo que esteja em êxtase. E, ahh, as cenas de tensão, o suspense, a droga do “cliffhanger”! HOW CAN PJ DO THAT TO OUR HEARTS? HOW CAN HE?
He’s the director, dumbass.
Ok, vamos às partes específicas do enredo e, I am sorry, mas eu vou direto pro confronto entre Thorin e Thranduil porque RAZÕES razões RAZÕES!!1!!11! Ok, tá bom, vamos falar sobre coisa boa e menos sofrível antes: Legolas. Oh, how I missed him. How I waited for him. Aham, tá, agora vamos voltar pro pai, Thranduil, elvenqueenking of the elvenparties diva máxima da Terra Média passiva linda que só tem pose. A cena entre os reis anão e elfo quase me matou, a tensão palpável me apunhalou no coração. I could see the hate and the anger. Eu podia ver tudo naquela cena tão, tão bem feita. Richard Armitage e Lee Pace reviraram as minhas entranhas e meu Deus, THORIN!!! Esse talento especial de desafiar não tão decentemente certas autoridades, oh my!! Acho que eu desmaiei e soltei um gritinho, porque uma mina me mandou calar a boca e eu: não calei.
“Do not talk to me of dragonfire. I know its wrath and ruin. I have faced the great serpents of the North.”
É a adaptação do meu livro favorito, eu acho que posso gritar… tá, o filme fugiu um pouco do livro… tá, ainda mais se tem o meu ator favorito botando em ação o que ele tem de melhor: o talento também muito especial de exprimir as emoções mais profundas de um personagem em todas as linhas de suas expressões. I gave Richard Armitage an altar, really. I now pray for him, because he is God.
Voltando à programação normal… a cena dos barris, os anões descendo o rio, o confronto com os orcs, Thorin salvando a vida do Legolas!!! BOMBUR!!! BILBO!!! E depois, quando tudo está salvo, BARD!!! Luke Evans me surpreendeu. Não que eu esperasse pouco, mas eu criei muito mais afeição pelo Bard depois do filme, muito mais. Stephen Fry também esteve espetacular em suas poucas cenas. E o discurso do Thorin em Laketown? WOW FUCK, IF I DIDN’T KNOW YOU ARE SUCH A DOUCHE…
Tô vendo que eu tenho que falar de tanta, mas tanta coisa. Isso me dá preguiça às vezes.
Sobre o Smaug, eu nem vou comentar muita coisa. Vou simplesmente deixar pairando aqui uma certa aura de DAMN GOD FUCKING NO PLEASE NO SMAUG I CAN’T EVEN COP WITH THIS. Eu disse que só fangirls entenderiam.
Mas é que a cena Smaug/Bilbo ficou A W E S O M E. E as cenas seguintes também, you see, dos anões tentando fugir e encarar o Smaug até o Kili sofrendo no leito de morte e sendo curado pela Tauriel. Tudo bem que eu não gostei do romance criado entre eles, mas… eu ADOREI a Tauriel. Ela é uma linda, mas o romance ficou mehhh, forçado. CAN YOU NOT, PLEASE, THANK YOU.
A melhor coisa: Thorin chamando o Smaug de verme gordo e lento. E o cliffhanger desgraçado.
A pior coisa: o cliffhanger desgraçado. Não quero acreditar que vamos ter que esperar mais um ano pra There and Back Again… se bem que é melhor esperar, assim nós nos preparamos psicologicamente pra dor insuportável que vai ser.
“If this is to end in fire, then we will all burn together!”
It’s a sexy line (said Orlando Bloom). Acho que está bom, não é? Deixei muita coisa de lado. O clima está muito, muito mais sério que o de AUJ, isso é óbvio. Acaba se aproximando mais de Senhor dos Anéis, indo além da ponte feita maravilhosamente. É claro que Sir Ian McKellen está ótimo, ótimo como Gandalf. Isso é o mesmo que subir pra cima, pelo amor de Deus. Martin Freeman volta então como um Bilbo perfeito, já caindo pelos encantos do anel, pela cobiça e pela ganância. Esse filme, aliás, é sobre ganância e todos os caminhos sombrios que os personagens tomarão e assumirão no próximo filme. É uma apresentação ao que There and Back Again vai nos trazer e, olha, quando eu disse “it’s the beginning of the end”, I meant every word. Eu já falei da atuação do Richard aqui. Sou uma “well-wisher” obcecada por ele, então, é, eu chorei de orgulho, principalmente nas cenas em Erebor. Thorin decepcionado por não ter achado a fechadura, o sentimento de falha, a voz embargada… o príncipe anão entrando na montanha… ele encarando o Smaug pela primeira vez, mesmo que antes cegado pela ganância e pela dragon sickness e disposto a sacrificar o Bilbo por tudo aquilo… Richard Armitage simplesmente mostrou ao que veio, mas eu sinto que vem muito mais.
Nem vou falar sobre o Lee Pace, aquela passivona, meu Deus, I FUCKING WOULD, mas vamos deixar isso pra lá antes que eu comece a falar sobre Armipace. E vocês não vão querer isso.
E a voz do Benedict Cumberbatch, oh my gawd!! I WAS ATTRACTED TO A FUCKING DRAGON HOW SICK I AM
Uhh, me desculpem. Eu tentei fazer uma resenha, mas os feelings falaram mais alto. Sinto que deixei muita, muita coisa passar, mas… é, me desculpem. Se ainda não viram, corram para o cinema. Se já viram, corram também para ver de novo e depois é esperar pela versão estendida e por There and Back Again. E sofrer. E chorar. E… ah, isso tudo já é de praxe.
That’s how we roll in the Shire, you know.
ficha técnica
Diretor: Peter Jackson.
Elenco: Martin Freeman, Sir Ian McKellen, Richard Armitage, Benedict Cumberbatch, Aidan Turner, Dean O’Gorman, Graham McTavish, Sylvester McCoy, Orlando Bloom, Luke Evans, Stephen Fry, Ken Stott, Lee Pace, Evangeline Lilly.
Trilha sonora: Howard Shore.
Roteiro: Philippa Boyens, Peter Jackson.
Duração: 161 min.
País: Estados Unidos da América.
Gênero: Fantasia.
Trailer: (x)
Classificação:
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