Literatura

Laços de Sangue (Bloodlines #1), Richelle Mead

Essa vai ser uma resenha dividida em duas partes: uma minha (Jovana) e outra da Sam. Agora nos deixem ser loucas por tudo que a Richelle Mead faz, porque, olha…

PRIMEIRA PARTE – JOVANA FALANDO…

Eu nunca estive tão ansiosa para ler um livro. Por vezes eu tentei lê-lo por computador, fosse em inglês ou português, mas não conseguia. Minha enxaqueca tem muito poder sobre mim, infelizmente. Quando soube que a Cia, através do selo Seguinte, estava prestes a publicar o lindo spin-off de Vampire Academy (embora a Agir surpreendesse na lerdeza para publicar o sexto volume da série), vibrei na cadeira e esperei pacientemente o dia do lançamento. Quando peguei essa preciosidade nas mãos… ai, RICHELLE, YOU MONSTER!!

Só não li Bloodlines em poucas horas porque me enchi de coisas para fazer quando passei na faculdade. Mas isso não mudou o prazer que eu tive ao terminá-lo, ao devorá-lo quando podia, ao querer bater na cara da Richelle e agradecê-la por tamanha genialidade. Quando terminei Último Sacrifício, me senti orfã e Bloodlines foi uma benção, uma nova viagem a um mundo que me encantou tanto; e agora, com um toque de magia a mais.

– Adrian, a nossa preocupação aqui é a Jill. Não sua própria diversão.

– Não é verdade – ele disse com os olhos verdes brilhando. – Tudo condiz com a minha própria diversão. O mundo é o meu palco. Continue assim… você está se transformando em uma das estrelas do show.

Já devem ter notado que eu amei o livro. Pois então, amei, mas ainda senti falta da Rose. Agora narrada pela Sydney, a narração parece ter perdido um pouco da adrenalina que tínhamos em cada página de VA. Mas isso, é claro, se deve a quem narra. Sydney é muito diferente de Rose; bem mais centrada, racional e não vai se afogando em confusão sempre que vê uma dando as caras por aí. Seus dilemas também são outros e, honestamente, muito mais parecidos com os nossos (pelo menos eu me identifiquei muito, ok? Thanks).

Que a Richelle fez um ótimo trabalho já sabemos, embora a história se desenrole bem mais lentamente e, quando tudo vem à tona, tudo se torna realmente eletrizante e nos sentimos de novo nos lindos clímax de VA. Só o que me decepcionou foi que, durante todo o livro, fui criando teorias sobre o que estava realmente acontecendo (liguei os assassinatos à toda confusão com as tatuagens) e, suddenly, não era aquilo e, sinceramente, tudo ficaria mais genial se tudo estivesse interligado.

Me decepcionou um pouco, mas nada demais.

Woah, nas resenhas eu sempre me esqueço de dar um resumo do enredo. Sempre, sempre esqueço. Acontece que, depois da conclusão de VA, temos Jill Dragomir, a irmã perdida da mais nova rainha Lissa, sendo ameaçada por aqueles que se opõe ao governo de sua irmã. Então ela acaba sendo levada para o último lugar onde procurariam um Moroi: a ensolarada Palm Springs. Sydney e Eddie são convocados para acompanhá-la, Adrian também os acompanha por razões reveladas bem depois. Entre intrigas dos Alquimistas, do Ensino Médio e do mundo vampiro, Sydney terá que lutar pela sua própria lealdade e por segredos mágicos que se escondem em seu sangue.

Era o tipo de coisa que as pessoas diziam o tempo todo sem entender as implicações. “Seja você mesmo, lute contra o sistema!” Mas as pessoas que falavam essas coisas não tinham vivido a minha vida. Não tinham crescido com um sistema de crenças tão rígido quanto o meu; era como ser prisioneira. Elas não tinham sido forçadas a abrir mão de sua capacidade de pensar por si mesmas ou de fazer suas próprias escolhas.

É só isso mesmo? I think so… Vou deixá-los com a Sam agora, que provavelmente vai ser mó zueira e quebrar o gelo dos meus posts (e isso é bom, ok, God bless as intervenções da Sam).

SEGUNDA PARTE – SÂMELA SENDO CHATA…

Sidney Sage nunca teve meu amor, então dá pra deduzir que um spin-off baseado numa das personagens mais blé não me despertou muita animação. Mas não é que o negócio é legal? E, devo admitir, não tem como não curtir quando Adrian Ivashkov está no meio, aquele lindo.

O negócio sobre Bloodlines foi que o livro pareceu não ter realmente uma trama em sua maior parte, sendo que só em suas últimas 100 páginas as coisas começaram a acontecer. Minha irritação não foi com a falta de ação, e sim com o desenvolvimento lerdo que envolve uma alquimista chata, uma moroi insuportável e uma quantidade absurda de name dropping – citar acontecimentos ou pessoas de Vampire Academy a todo o momento para lembrar o leitor que aquele é o mesmo mundo. Não é tão ruim a ponto de te fazer enfiar lápis nos olhos, entretanto. Obviamente insisti na leitura e fui recompensada.

Até Jack Donaghy curtiu, OU SEJA

Adrian Ivashkov é o rei do livro. Sem Dimitri Belikov no páreo, o moroi brilha com seu costumeiro sarcasmo e constante implicância com Sidney. Tem horas que você quer se jogar nele e outras que você quer jogá-lo da janela, mas o negócio é amá-lo de qualquer forma. Outra coisa legal foi o dhampir Eddie, amor eterno e verdadeiro da vida, que tem espaço merecido no plot. E, bem, outros personagens de VA dão as caras e vômitos de arco-íris acontecem. Devo dizer que Sidney subiu muito no meu conceito, todavia, e até consegui me identificar com a moça – o mesmo não pode ser dito da insípida Jill. Yeah, well.

No final das contas, porém, a leitura vale muito a pena. Quando você se acostuma, a leitura se torna viciante apesar dos pesares e mesmo com Richelle desperdiçando a oportunidade de adicionar mais à mitologia de seu mundo, o final é de tirar o fôlego. Mead ainda não perdeu a mão, e consegue mostrar a parte mais humana de sua história enquanto sana a saudade de alguns personagens tão amados, sem se esquecer dos momentos engraçados e tensos. É puro amor quando você se deixa levar e, oh boy, mal posso esperar por O Lírio Dourado PORQUE NÉ.

Sentimentos sobre? Tenho muitos.

Informações


Título: Laços de Sangue (Bloodlines #1)
Autor: Richelle Mead
Tradução: Ana Ban
Editora/Selo: Seguinte
Nº de Páginas: 440
Edição: 1ª – 2013
Preço: R$27,90
Classificação: ★★★★½

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