Eu estava na CCXP quando o lançamento e título de Jeremias Pele foi anunciado, e estava no painel da Turma da Mônica quando contaram que uma sequência estava por vir (todas essas experiências acompanhada da minha querida Hypia). Na época, ainda não sabíamos que a continuação se chamaria “Alma”, e corremos pra Artist’s Alley tentar conseguir algum spoiler com o Jefferson – que obviamente não conseguimos.

A expectativa era alta, porque Pele foi uma graphic incrível de boa. Jeff e Calça sabem abordar racismo e identidade com uma delicadeza e crueza que vão direto no coração da gente, então eu mal podia esperar para ler Alma.
Ironicamente, o meu exemplar caiu no limbo dos Correios e demorou pra chegar, então acabou por ser minha primeira leitura de 2021. Isso significa que já comecei o ano mergulhada em conteúdo de qualidade, porque OLHA.
Como esperado, Alma foi tão bom quanto Pele. A diferença principal entre as duas graphics, creio eu, está ligada aos títulos: enquanto Pele era sobre a relação de Jeremias com seu exterior, Alma foi sobre sua identidade, sua herança. E veio também com ganchos para mais histórias no futuro, que acho que Sidney Gusman, o editor, provavelmente já está levando em consideração.
Eu não quero entregar a história, então vou deixar essa “resenha” bem vaga. Só quero que saibam que Alma me encantou e me fez chorar, especialmente o contar de histórias presente na obra e o relacionamento do Jere com os avós. É uma graphic pertinente, essencial pra todo mundo que tem coração e está disposto a aprender para se tornar alguém melhor, com mais consideração ao próximo.
É disso que precisamos, creio eu – de obras que te arrebatam de maneiras que você nem sabe como. Jeff e Calça, muito obrigada. MSP, obrigada também. Vocês estão fazendo história ao criar histórias, e isso é maravilhoso.
Esta resenha foi publicada inicialmente no instagram da Byzinha.

Título: Jeremias – Alma
Autores: Rafael Calça, Jefferson Costa
Selo: Graphic MSP
Editora: Panini/MSP
Nota: 5/5
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