Literatura

Estante de quadrinhos #2

Cá estou de volta com meu projetinho (cujo primeiro post e explicação se encontra aqui) e, como toda promessa de ano novo, acabei dando uma bela de uma tropeçada. PORÉM creio que tenho uma boa desculpa para isso.

Contextualizando: Fevereiro foi um mês extremamente complicado por motivos de:::::: Prouni. Consegui ler algumas coisas, sim, mas o nervoso misturado com o estresse da espera impediu que eu fosse além. E daí… Eu passei! E foram dias correndo atrás de documentos e, depois de matriculada, a loucura para conseguir me adaptar a essa nova realidade. Minhas leituras perderam o gás desse jeito, mas, olha, tenho razões plausíveis, certo?

Como isso não é bagunça, as regras do Estante de Quadrinhos são:

  • Só arcos completos vão aparecer nestes posts, então, se eu li cinco “capítulos” de uma HQ de seis, ela fica para o próximo mês, evitando bagunçar as coisas com single issues e histórias não terminadas.
  • Caso os títulos mencionados estejam disponíveis em português, serão eles os mencionados aqui, mesmo que eu tenha lido as versões originais. Isso é pra ajudar a vida do leitor brazuca que não é obrigado a saber inglês e quer encontrar as HQs com facilidade.

Sem mais delongas, senhoras e senhores, apresento minhas leituras de janeiro!

Shazam! – Com Uma Palavra Mágica… (Panini Comics) – ★★★½☆

Como uma das pessoas muitíssimo animadas para o filme do Shazam, eu precisava saber mais sobre o herói e suas histórias. A obra de Geoff Johns e Gary Frank foi bem sucedida ao apresentar o jovem Billy Batson, um órfão que ganha poderes mágicos e se transforma em um super herói bombado adulto ao gritar a palavra SHAZAM! Se desviando das origens antigas da personagem, Com uma palavra mágica… deixa o garoto de coração puro para trás, escolhendo mostrar um Billy bem mais chato, menos bonzinho e… que age mais como um moleque de sua idade. Me irritei com o protagonista em alguns momentos, mas também apreciei que ele não era o cúmulo da virtude o tempo inteiro. Também adorei os personagens coadjuvantes, a família adotiva de Billy é um amorzinho e dá a maior vontade de ser amiguinha das crianças. Já os vilões vão de ótimos a exagerados a “tamo aí”: Adão Negro tem motivações interessantes e o rapaz me deixou intrigada, porém Doutor Silvana só estava lá porque sim, e eu queria ver mais dele. De qualquer forma, história é divertida, fechadinha, acaba num cliffhanger cujo fim não existe, MAS a vida segue. Me surpreendi com o quanto gostei, pra ser honesta. Lá pro final as coisas ficaram meio doidas demais, sim, várias partes da HQ me deixaram aborrecida e eu esperava mais de certos personagens, porém o saldo foi bem positivo, e quero ler muito mais coisas do Shazamzinho no futuro.

Liga da Justiça 1, 2 e 3 (Panini Comics)★★½☆☆

Às vezes só ser “OK” é um problema: tu lê o negócio e cinco minutos depois esquece o que viu, já que nada digno de nota aconteceu na HQ. Infelizmente, isso é o que acontece com o primeiro arco do Renascimento da Liga da Justiça, que é tão sem graça que mal tenho o que falar. É esquecível e entediante, traz personagens com pouquíssimo carisma para uma história genérica de invasão da Terra por seres misteriosos e tudo o que eu posso fazer é sentar e chorar pelo desperdício de heróis como a LIGA DA JUSTIÇA desse jeito. Apesar do meu desapontamento, as HQs não são a pior coisa do mundo, só são desinteressantes mesmo. Nem sei como dar nota nessa, mas vamo que vamo.

Deadpool Kills the Marvel Universe Again (Marvel Comics)★★★☆☆

Mais um capítulo da minha relação bizarra com HQs do Deadpool que se passa, e não é que eu finalmente curti algo dele? Loucura. Essa comic não é nenhuma grande obra de arte, nem uma leitura obrigatória, mas é simplesmente divertida. É legalzinha, até me fez rir algumas vezes (!). O título da história é o máximo de explicação de plot necessária, porém, aqui, Deadpool não é o único foco: a gente passa por todos os cantos do Universo Marvel enquanto os heróis tentam entender o que está acontecendo, e nessa viagem também assistimos MUITA. GENTE. MORRENDO. É bem violento e cheguei a me sentir mal com tanta desgraça e entranhas. A HQ tem vários aspectos inusitados que envolvem cenários lúdicos ou muito legais ou muito chatos, mas pontos por criatividade, viu? Enfim, não é a melhor coisa que eu já li, mas foi bom entretenimento e é isso que o brasileiro gosta.

Titãs vol 2 (Panini Comics) – ★★★½☆

Olha só meu amor por Titãs seguindo firme e forte! Apesar de ter gostado mais do primeiro volume, me diverti bastante com esse também (sim, diversão é importante). Aqui Wally West tem seu destaque usual (e interage com o grande Supinho <3), mas também deixa um pouco de brilho para Donna Troy e Arsenal, que conseguem um desenvolvimento maroto ao longo da história. As interações entre o grupo continuam ótimas, Asa Noturna continua sendo o melhor líder, eu continuo amando passar tempo com esses personagens. O desfecho do arco é um pouco anticlimático, infelizmente, mas os vilões são bem melhores do que o anterior, então eu perdoo. O título consegue manter meu interesse com facilidade, e eu preciso correr para o próximo volume porque as intrigas foram lançadas e eu adoro uma intriga.

 

Zombies Assemble (Marvel Comics)★½☆☆☆

Na verdade esse é classificado como mangá e não HQ, mas é Marvel e o mês foi improdutivo então estarei quebrando as regras. A premissa de Zombies Assemble é simples: uma ameaça zumbi aparece em Nova York, e os Vingadores precisam descobrir como contê-la. Super heróis contra zumbis, tem como dar errado? Pior é que tem. A história começa legal e daí dá ruim e a trama realmente começa, coisas acontecem, altas tretas e… vira um saco. Ficam tentando explicar o que causou a epidemia, criam personagens que aparecem do nada para explicar o que causou a epidemia e daí nem explicam direito o que causou a epidemia porque o negócio acaba SEM FINAL. Que decepção. Fora que o fim da história tem um capítulo aleatório sobre Tony Stark e Pepper Potts que só serviu para me dar mais raiva. Uma tristeza a experiência. Mas, como eu sou uma piada, estou lendo a sequência de qualquer jeito porque me recuso a ficar sem conclusão. TRISTE.

Saldo do mês:

Arcos terminados: 5

Páginas lidas: 764

Foi isso por fevereiro. Agora só me resta torcer pra que eu consiga engatar com minhas leituras de novo e aprender a dar notas para quadrinhos, porque né? Até o próximo post, gente!

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2 Comments

  • Reply
    Sue Anne
    23/03/2018 at 1:25 pm

    Nem gosto de comics, mas confesso que ler esses posts me dá vontade.

    Ps. To esperando sua review de Bucky.

    • Reply
      Sam
      23/03/2018 at 5:19 pm

      OLHA A PRESSÃO AÍ Ó

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