Cinema

Dracula: A História Nunca Contada (2014)

Desde 2009 está sendo muito difícil encontrar um filme sobre vampiros que seja satisfatório. O último, na minha opinião, foi Anjos da Noite 3 e olha que ele não foi lá muito elogiado pela crítica, mas, por alguma razão, se tornou um dos meus favoritos. Ah, que seja, eu sempre fui uma tiete da saga Underworld. Tivemos Byzantium também, porém o que, de alguma forma, o consagrou foi a complexa relação entre as protagonistas, não o vampirismo retratado (que, vamos combinar, não foi lá tão legal). Se eu já não estivesse tão desiludida, eu diria que Dracula Untold era uma grande esperança, o começo da redenção, mas graças aos bons deuses eu nunca cheguei a pensar isso.

Se fosse assim, a minha decepção seria muito maior do que já é.

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Eu não sei nem por onde começar a dizer o quanto esse filme é patético. Até me dói escrever uma resenha tão negativa, mas vamos lá. Fiquei, sim, muito animada pelo trailer. Com Lorde na trilha sonora, quem não fica? Aquele cover de Everybody Wants to Rule the World é a melhor coisa já feita! No entanto, já por alguns pontos, eu vi que não poderia esperar muito. E não esperei, mas, quando saí da sala de cinema, ainda estava desolada.

Eu gastei 13 reais nisso? Sério?

Enfim, Dracula Untold acompanha Vlad Tepes (Luke Evans), que, para proteger sua família e seu reino dos turcos, recorre a uma antiga e assombrosa criatura (interpretada por Charles Dance) que acaba o transformando em um vampiro. Em seguida, Vlad tenta ao máximo se adaptar à sua nova condição, na esperança de derrotar Mehmed (Dominic Cooper) e seu exército em ao menos 3 dias. Okay, a única coisa boa que eu posso apontar é a estética das cenas e, ah, claro, a soundtrack lindíssima composta por Ramin Djawadi (este, ora, nunca será capaz de nos desapontar). Houve uma cena em que, devido aos maravilhosos efeitos e à trilha sonora, eu cheguei a me arrepiar e quase chorar. Mas, ok, a maravilha para aí, porque de resto tudo é uma grande bagunça que, talvez, nem com muito trabalho pudesse ser consertada.

Primeiramente, parece que não houve nenhum esforço ao escrever o roteiro. Além de terem erroneamente transformado Vlad Tepes em um nobre herói, simplesmente jogaram certas cenas ali, como se, sem nenhuma compreensão anterior, elas pudessem servir. Não há desenvolvimento no enredo, além de certos pontos importantes da história nunca serem explicados (por exemplo, o pouco de mitologia). Ah, e quando é explicado, tudo parece ser tão… idiota. É tudo tão rápido e bagunçado que chegamos a ver um clímax que, bem, não parecia um clímax. Então lá vem mais uma série de cenas sem sentido.

Honestamente, let’s talk about lazy writing.

As atuações também são sofríveis. Eu gosto bastante do Luke Evans, sabe, mas nesse filme a atuação dele não foi nada boa. Sarah Gadon, que interpretou a esposa de Vlad, foi uma das piores. Nunca vi tanta forçação de barra e eu acho que o único que conseguiu se dar bem com seu personagem foi Charles Dance… isso porque ele apareceu apenas por alguns poucos minutos.

Sofrível.

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Aliás, eu também já estou cansada de tanto whitewashing. Cristo, de quem foi a ideia de botar o Dominic Cooper como o sultão Mehmed? Se vocês acham que, mesmo depois de mais de um 1 mês desde a fatídica noite em que assisti a esse filme, ainda estou com vontade de matar esses roteiristas… bem, estou mesmo. Vocês estão certíssimxs.

Ora, este foi mais um episódio da desastrosa série “Jovana quer um filme bom sobre vampiros, mas nunca consegue”.

FICHA TÉCNICA

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Título original: Dracula Untold
Direção: Gary Shore
Elenco: Luke Evans, Sarah Gadon, Charles Dance, Dominic Cooper, Art Parkinson, Diarmaid Murtagh
Roteiro: Matt Sazama, Burk Sharpeless
Trilha sonora: Ramin Djawadi
Duração: 92 min.
País: EUA
Gênero: ação, drama, fantasia
Classificação: ★★☆☆☆

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1 Comment

  • Reply
    Francielli
    19/02/2015 at 11:35 pm

    /roll /cry eu tava ansiosa pra assistir esse filme,ainda bem que não fui ao cinema

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