Por algum milagre de Deus, intervenção divina maravilhosa o nosso WT teve a chance de estar na cabine e coletiva de imprensa de Cidades de Papel, ver John Green e Nat Wolff de perto e ainda se divertir um bocado no Ridijanero, mas calma que os detalhes estão por vir.
Quando o John anunciu que viria para o Brasil eu bem dei uns berro e falei pra Thanny “PLMDDS EU VOU, SE FALAREM QUE DÁ PRA IR EU VOU”, mas até então eu tava cheia de fé que ele viria para São Paulo como qualquer pessoa sensata faria (rs brinks). Mas aí ele apareceu no Fantástico falando que ia para o Rio e eu tive que pegar minha bola e abaixar, porque né, eu moro no interior de São Paulo. Por um dia e meio eu substituí a bola por essa barra que é não ter dinheiro nem contatos para ir ver o John no Rio (meu autor #2 da vida, sente o drama) até que a Thanny apareceu gritando “INTRÍNSECA CONVIDOU PRO EVENTO, DEI SEU NOME, É MELHOR VOCÊ CONSEGUIR IR!!” e então foi uma pequena jornada, mas tudo deu certo e eu fui!
Cheguei no Ridijanero na terça de manhã debaixo de um SOL que eu falei “W H Y ?”. Não, sério. Porque inverno é um conceito tão impossível na cidade maravilhosa? Tava muito, muito quente e era dia de semana, então eu, que morei lá por alguns meses, fiquei bem apavorada com o trânsito (você que não é do Rio não ENTENDE o que é o trânsito de lá, na real.) e é por isso que eu fui da rodoviária diretão para Botafogo, porque, afinal, o evento era só às 18h, mas tem um monte de coisa pra ver naquele pedaço. Fiz o caminho da Livraria da Travessa até o Botafogo Praia Shopping só para calcular o tempo, almocei, tirei umas fotos da vista porque né, eu só tinha ido pra Botafogo à noite antes e depois passei um tempo na Travessa onde encontrei minha amiga Mari do tempo de UFRJ.
RELATO: Eu trabalhei em 3 livrarias diferentes em Campinas e sempre que eu falava que era livreira as pessoas “AI que legal, ficar lendo o dia inteiro” e eu bem ria da cara delas porque isso é lenda. Deixa eu contar para vocês uma descoberta: No Ridijanero essa lenda faz parte da realidade, porque as vendedoras ficavam literalmente sentadas lendo durante o expediente. Eu fiquei muito boquiaberta, viu.
Nossa, se for assim, quero trabalhar aqui! ????
ENFIM. O evento que era para começar às 18h foi começar mesmo quase 20h, mas tudo bem. Tivemos que assinar um termo que segurou a resenha até ontem, por isso vocês tiveram resenha de filme fora de época hoje, já que a gente quer beM TE OBRIGAR A ASSISTIR ESSE FILME INCRIVELMENTE SURPREENDENTEMENTE 50 SHADES OF AWESOME. Na cabine, que infelizmente não contou com a presença do John nem do Nat :(, conheci a Ana Luiza do No Meu Mundo e a mãe dela que foram super simpáticas como todo bom carioca é (eu juro que não sei como isso sempre me surpreende). Como falei na resenha, teve gente da imprensa que tava todo “mimimi filme sem graça”, mas dá um rewind pra sala de cinema e me conta se o fulano não riu o filme inteiro???? HUH. Duvido! u_u
Fiquei na casa da minha amiga Julia na Tijuca, um lugar estratégico porque é bem na cara do metrô e então acordei às 6h30 da madrugada na quarta para ir para Copacabana onde seria a coletiva de imprensa. Apesar do mapa que peguei na rodoviária me dizer que o hotel era pertinho do metrô, resolvi não arriscar. Depois de fazer cosplay de lata de sardinha, peguei um taxi (deu ~caríssimos~ 9 reais!) (ufa) e já desci do carro embasbacada. Aquele hotel, gente. Aquele hotel saiu de um livro de conto de fadas, na moral. Já tinha gente na frente do hotel e quem chegou realmente cedo (tipo antes da hora que eu tava acordando) deu sorte e bateu um papo com John e Nat quando eles foram para a praia. Muita coragem dessas pessoas, madrugar por um “if” e muita coragem do John e do Nat encarar as águas geladas de Copacabana logo cedo.
A coletiva começou no horário com direito até a café da manhã pra imprensa e um poquinho de espectativa na hora deles entrarem. Apenas veículos grandes, como a Veja e outros jornais, tiveram a oportunidade de fazer perguntas e no total foram apenas 9 perguntas mais as feitas pelo mediador, dando um total de 50 minutos de coletiva. Filmei algumas partes e gravei todo o audio para vocês, aguentaí mais um pouquinho que a gente já chega lá. Na coletiva também conheci outras duas blogueiras, a Angélica e a Barbara (Garotas Entre Livros) que foram muito bacanas. Esses cariocas gostam de fazer um bravado, mas no fundo são soft, soft.


Algumas das perguntas foram típicas das que se você fizesse o seu trabalho de pesquisa teria encontrado nas internet da vida, mas quem nunca fez pergunta que todo mundo já sabia a resposta. O legal desse tipo de evento é que John e Nat davam um jeito de dizer o mesmo que já tinham dito antes com nuances diferentes. Por exemplo, a última pergunta (“Como vocês definiriam Cidades de Papel”) gerou uma resposta elaborada sobre experiências pessoais do John em Orlando, sua própria cidade de papel, que terminou com ele contando sobre como o romance com sua esposa Sarah começou, foi bem bonitinho.
Embora John quisesse ficar por mais tempo (ele até foi até nós quando a coletiva foi declarada terminada) e nos dar atenção como sabemos que é natural do John oferecer carinho para seus leitores, a Fox não deixou, o que foi uma grande tristeza (pois é, pois é). Quem tinha paciência e coragem tirou bons frutos ao esperar na frente do hotel ou ficar para a premiere, mas eu sou uma pessoa com alma de 70 anos que mora no interior de São Paulo e me vi abrindo mão desse luxo. Enquanto as pessoas se encaminharam para o Odeon, eu voltei para a rodoviária e já estava saindo da zona oeste quando a premiere começou. Mas tudo bem, porque ver o John de novo, agora que isso já aconteceu uma vez, se tornou uma realidade completamente possível. E não há nada que eu e a equipe do WT podemos fazer agora além de ser eternamente gratas à Intrínseca pela oportunidade e vale o esforço a gente falar mais uma vez: traz ele pra gente de novo numa bienal da vida, pfvr? Faz algo lindo que nem vocês fizeram com o Hugh Howey ou como a Record fez com a Cassandra Clare. Seríamos eternamente gratos!
E pra você que só restou assistir Cidades de Papel, nós dizemos mais uma vez: ASSISTA. O filme é realmente bom. De verdade. John assumiu mais de uma vez que tinha achado a adaptação melhor que o livro (algo que eu concordo plenamente), disse em uma das respostas que há pontos em que ele queria ter pensado na hora de escrever, porque eram tão no ponto certo. Cidades de Papel agrada quem leu o livro e gostou, não gostou, quem não leu o livro, quem está pensando em ler e quem nem gosta de ler. Vai ser muito difícil encontrar alguém que não goste, porque dentro do que eles propuseram, tudo foi bem executado. Mas sabe como é, sempre vai ter um babaca. (só não ouça o babaca. o babaca n sabe do que está falando. nós sabemos!)
Temos uns videos e audio para vocês, mas se vocês tiverem qualquer pergunta, é só perguntar que a gente responde! 😀
Para ouvir a coletiva completa, é só clicar no play aqui de baixo. (atenção! audio de baixa qualidade, infelizmente) (desculpa ter dado risada)
No Comments